RN participa da Brazil Windpower e assina coalizão com RS e RJ para projetos offshore
Evento reúne segmentos de toda a cadeia produtiva de energias renováveis com representação de 33 países
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, foi palestrante da cerimônia de abertura da 16ª edição da Feira Brazil Windpower, realizada na manhã desta terça-feira (28), em São Paulo. O evento, considerado o maior de Energia Eólica da América Latina, reúne os principais líderes, especialistas e empresas do setor sob o tema “COP30 e o papel da energia eólica: Acelerando a descarbonização da economia”.
Durante sua palestra, a governadora destacou a relevância do momento para o país e para o mundo. “Estamos vivenciando um momento estratégico que antecede a COP30, o principal encontro global sobre sustentabilidade e ESG. E a Feira Brazil Windpower reforça o protagonismo da energia eólica na construção de uma economia mais sustentável e de baixo carbono, promovendo debates, conexões e oportunidades de negócios que impulsionam o setor energético brasileiro”, avaliou Fátima Bezerra.
Com participantes de 33 países, a Brazil Windpower é ponto de encontro de toda a cadeia produtiva, reunindo fornecedores, investidores, startups e instituições governamentais para discutir tendências, desafios e estratégias do setor — além de fortalecer o papel do Brasil, e especialmente do Rio Grande do Norte, como referência em energia limpa e inovação.
“O RN é exemplo em políticas ambientais, inovação e sustentabilidade energética, e, ao participar da Brazil Windpower 2025, reforça o compromisso do Estado com uma transição energética justa e sustentável, alinhada às metas da COP30 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, pontuou Fátima Bezerra, acrescentando: “trazemos o exemplo potiguar de integração entre energia limpa, políticas ambientais e desenvolvimento social, destacando o papel do RN como modelo de economia verde no Brasil”.
O potencial do estado para produção de energias renováveis e hidrogênio verde foi apresentado pelo secretário adjunto da Sedec, Hugo Fonseca, em um painel no espaço da APEX Brasil. Ainda durante o evento, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre a CODERN e o ISI Senai para o desenvolvimento de um sítio de testes de eólica offshore na margem equatorial do RN.
PROJETOS PILOTO
Após a abertura, da qual foi uma das principais palestrantes , Fátima Bezerra também participou da assinatura da Carta de Coalizão dos Projetos-Piloto de Eólicas Offshore no Brasil, proposta pela Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica). O documento também contou com a adesão dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
A coalizão engloba três projetos distintos: a construção de torre com plataforma fixa no Porto de Areia Branca (RN); plataforma em águas profundas próxima ao porto de Rio Grande (RS); e plataforma fixa no Porto do Açu (RJ).
A união dos três projetos em um mesmo pacote visa facilitar o apoio de órgãos federais, como os ministérios de Minas e Energia e da Pesca, e o Ibama, para acelerar estudos e liberações necessárias. A carta de coalizão destaca a importância do uso de tecnologias avançadas para uma implementação segura, eficiente e ambientalmente responsável.
“A coalizão é essencial para o desenvolvimento da tecnologia offshore no Brasil. O documento funciona como instrumento para construção de novos projetos que trarão investimentos e benefícios para a indústria, além da criação de empregos”, destacou a governadora Fátima Bezerra.
O RN NO CONTEXTO ENERGÉTICO
O Rio Grande do Norte é líder nacional em geração de energia eólica, respondendo por 32% da produção nacional. A matriz elétrica do estado é composta por 98% de fontes limpas e renováveis, o que faz do RN o Estado mais verde do país.
Atualmente, o RN conta com 403 empreendimentos em operação, totalizando 11,8 GW de potência outorgada, além de novos projetos que devem adicionar 3 GW à capacidade instalada.
O estado abriga 309 usinas eólicas onshore, com destaque para os polos de João Câmara, Parazinho, Pedro Avelino e Jandaíra, e se prepara para avançar no campo offshore, consolidando sua posição estratégica no cenário energético global.
