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					Com cores, ritmos e expressões que celebram a identidade e a ancestralidade, estudantes do Colégio Estadual Clarisse Santiago dos Santos, no bairro do Arenoso, em Salvador, transformaram os corredores da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) em uma verdadeira passarela da diversidade, nesta segunda-feira (3). O “Ocupa SEC: Novembro Negro” marcou o início das atividades em alusão ao mês dedicado à reflexão sobre as desigualdades raciais e à valorização da cultura negra no Brasil.
A ação levou para dentro da SEC a estética, o estilo e a força simbólica da juventude negra. As apresentações destacaram roupas, penteados e performances inspiradas nas tradições afro-brasileiras, em uma demonstração de orgulho, identidade e consciência social.
A secretária da Educação, Rowenna Brito, destacou a importância simbólica da presença dos estudantes nos corredores da SEC. “O desfile ‘Ocupa SEC’ mostra a força e a presença da juventude negra nos espaços da Educação. É um momento de orgulho e emoção. Reforça a importância de ocupar não apenas a SEC, mas também outros lugares no Estado, mostrando que a Educação é transformação e representatividade”, afirmou.
As roupas apresentadas foram confeccionadas no Ateliê Criativo Jovem em Ação, oficina ministrada pelo estilista de moda e sustentabilidade Rey Vilas Boas, que estimula os estudantes a desenvolverem criações autorais com base na história, na identidade e na consciência social. As peças fazem parte da coleção “Revolta de Búzios: o vestir como ato de liberdade”. “Foi muito gratificante ver os estudantes apresentando todo o conhecimento que adquiriram, unindo sustentabilidade, moda e arte. Trazer este trabalho para a Secretaria mostra a força da criatividade e do protagonismo juvenil”, disse Rey.
A trilha sonora do desfile ficou por conta do Percussão Tamborizada, grupo formado por alunos da própria escola, que trouxe batidas marcantes e embalou a apresentação com energia e pertencimento. Para Beatriz Miranda Santos, 23 anos, estudante da 3ª série e integrante do Ateliê Criativo, o momento foi de celebração e reconhecimento. “Foi muito especial trazer para dentro da Secretaria o que a gente produz na escola. Mostramos que o nosso bairro e a nossa comunidade também são potências”, disse.
Já Davi Souza Santana, 18 anos, da 3ª série, ressaltou o significado coletivo da atividade. “Não foi só um desfile, foi um ato de orgulho. O Novembro Negro representa força, liberdade e conexão com a origem e a cultura africana. Participar da apresentação é valorizar a nossa história e mostrar a nossa identidade”.
