Artesanato alagoano da Ilha do Ferro é destaque nacional em questão do Enem

Artesanato alagoano da Ilha do Ferro é destaque nacional em questão do Enem

Yang da Paz, filho de Mestre Petrônio, comemora e reconhece apoio do Governo de Alagoas

O artesanato alagoano produzido na Ilha do Ferro, no município de Pão de Açúcar, ganhou destaque nacional ao ser citado em uma das questões da prova de linguagens do Enem, aplicada em todo o país, no último domingo. Desde então, o artesão Yang da Paz, de 29 anos, que integra o Programa Alagoas Feita à Mão, gerido pela Secretaria de Estado de Relações Federativas e Internacionais (Serfi), tem recebido cumprimentos de seus conterrâneos e solicitações de entrevista.

Surpreso e, ao mesmo tempo feliz com a notícia, Yang da Paz não esconde a satisfação de ver seu trabalho ganhar uma repercussão nacional. “Meu trabalho já vem sendo reconhecido, é uma satisfação grande ter uma divulgação com essa magnitude, algo que foi visto por pessoas de todo o país. Eu não esperava”, afirmou.

O artesanato entrou cedo na vida de Yang. Aos sete anos de idade, ele estreou no ofício de talhar madeira, pelas mãos do seu pai, mestre Petrônio, que aprendeu com a arte com nada mais, nada menos, que o mestre Fernando, falecido em 2009, aos 81 anos.

Hoje, com 29 anos, Yang já contabiliza mais de 22 anos de atividade, profissionalizada por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), programa nacional que tem como finalidade valorizar o artesão, desenvolver o artesanato e a empresa artesanal.

“O Alagoas Feita à Mão tem sido um programa importantíssimo para a promoção do artesanato alagoano, e, sobretudo, para profissionalização e formalização proposta pelo PAB. É gratificante a gente ver o reconhecimento do trabalho dos nossos artistas populares”, destacou o secretário de Estado das Relações Fededrativase e Internacionais, Júlio Cezar (Serfi).

Yang avalia que essa divulgação nacional vai incentivar ainda mais os jovens da região a buscar sua profissionalização no artesanato local. “Essa divulgação vai ajudar muitas pessoas a ter uma transformação social, algo que aconteceu na minha família. Graças ao artesanato, a vida que a gente tem hoje nem se compara ao que a gente tinha há 20 anos”, lembrou.

Grato por fazer parte do Alagoas Feita à Mão, Yang aproveita a visibilidade do momento para falar da importância de o artesão buscar o programa. “A gente tem apoio e fica mais conhecido, quando participa das feiras. E o programa ajuda a gente a enviar as peças, em várias oportunidades”, informa o artesão da Ilha do Ferro, referindo-se às experiências que já teve, quando foi selecionado para participar de eventos apoiados pelo programa.

Redação

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