Segundo dia da Literarte, em Fernando de Noronha, celebra a poesia
1º Festival Literário e Artístico de Fernando de Noronha (Literarte) iniciou a programação do sábado (15) com uma mesa feminina
O segundo dia de programação do 1º Festival Literário e Artístico de Fernando de Noronha (Literarte), neste sábado (14), teve início com uma mesa feminina. Cida Pedrosa, Luna Vitrolira e Elda Paz abriram o dia, conversando sobre o fazer poético.
“Quando fui para o Sertão do Pajeú, onde eu comecei a fazer poesia, vi crianças de 3 a 5 anos de idade declamando poesia antes de escreverem o próprio nome, porque as pessoas da comunidade vivem a poesia. Então, mais do que um gênero, a poesia é uma forma de existir no mundo, de se comunicar e de se relacionar com o território”, pontuou Luna durante a conversa.
Ney Anderson, curador do festival, lançou durante o evento seu novo livro, “Apocalipse Todo Dia”, que reúne contos inquietantes, marcados pelo horror nas relações humanas.
As ideias, segundo o autor, surgiram quase sempre de cenas imaginadas, retiradas dos noticiários ou presenciadas por ele. Em comum, todas as histórias têm o Recife – com todas as suas contradições – como personagem.
Outro destaque da programação foi o debate envolvendo Klester Cavalcanti e Wanessa Moura. Jornalista premiado, o pernambucano falou sobre como mergulhou na temática do feminicídio no Brasil para a produção do livro “Matou Uma, Matou Todas”. Gestora de saúde mental da ilha, Wanessa compartilhou vivências relatadas no livro “Entre falésias e feridas – um olhar sobre a saúde mental em Fernando de Noronha”.
O Literarte chega ao fim neste domingo (16), com Mariane Bigio, banda Café Preto e escritores da ilha entre as atrações.
*O repórter viajou a convite da Superintendência de Turismo, Cultura e Esportes de Fernando de Noronha
