Cresce o número de pessoas que utiliza internet na Paraíba e proporção chega a 87,5%

Cresce o número de pessoas que utiliza internet na Paraíba e proporção chega a 87,5%

O uso da internet entre a população com mais de 10 anos de idade apresentou o maior percentual desde 2016.

O número de pessoas que utilizam internet cresceu na Paraíba, entre os anos de 2016 e 2024, com proporção chegando a 87,5%, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme observou o ClickPB, os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). O uso da internet entre a população com mais de 10 anos de idade apresentou o maior percentual desde 2016.

Cerca de 3,07 milhões de pessoas fizeram uso da intranet alguma vez, em 2024, no período de referência dos últimos três meses.

Em 2016, apenas 55,4% da população de 10 anos ou mais utilizava a internet, o equivalente a 1,85 milhão de pessoas. O avanço entre os anos de 2016 e 2024 foi expressivo, sendo de 32,1 pontos percentuais.

De 2023 para 2024, houve um crescimento de 2,2 pontos percentuais no indicador na Paraíba, que passou de 85,3% para 87,5%.

Esse avanço segue a tendência observada no Nordeste (de 84,2% para 87,2%) e no Brasil como um todo (de 88% para 89,1%), refletindo a expansão da conectividade digital no país. O percentual da Paraíba ainda ficou abaixo da média nacional, embora superior ao regional.

A análise por sexo mostra que as mulheres utilizam mais a internet do que os homens. Na Paraíba, em 2024, 89% das mulheres paraibanas com 10 anos ou mais usaram a internet no período de referência dos últimos três meses, frente a 85,9% dos homens.

Essa diferença de 3,1 pontos percentuais foi inferior à observada em 2023, quando a distância era de 5,1 pontos (87,8% contra 82,7%).

No contexto regional e nacional, o padrão de 2024 se repete: no Nordeste, 88,8% das mulheres estavam conectadas, contra 85,3% dos homens; no Brasil, os percentuais foram de 89,8% e 88,4%, respectivamente.

Já no grupo de 10 a 13 anos, merece destaque a queda observada entre 2023 e 2024, de 4,1 pontos percentuais, indo de 89% para 84,9%.

Enquanto isso, no ranking nacional desse indicador, a Paraíba apresentou a 12ª maior proporção do Brasil e a 2ª maior do Nordeste, menor apenas que a de Sergipe (88,8%).

Ainda no recorte por idade, a pesquisa mostra que os jovens seguem liderando no uso da internet: 96,9% das pessoas de 14 a 19 anos e 97,0% da faixa de 20 a 24 anos estavam conectados em 2024.

Os grupos etários compreendidos entre 14 e 39 anos de idade apresentaram cobertura superior a 96%, indicando que, enquanto o avanço da inclusão digital se intensifica entre as camadas mais velhas da população, o acesso entre os mais jovens parece ter atingido patamares próximos da universalização, com pouca margem para crescimento adicional.

Em relação aos domicílios, em 2024, 91,7% possuíam acesso à internet na Paraíba, segundo a PNAD Contínua – TIC. Esse percentual representa um crescimento expressivo frente a 2016, quando o índice era de apenas 62,1%, refletindo um avanço de 29,6 pontos percentuais no período. A marca atual supera ligeiramente a média do Nordeste (91,3%) e se aproxima do patamar nacional (93,6%).

No recorte histórico por número absoluto de usuários, a Paraíba saltou de 1,85 milhão de pessoas com mais de dez anos conectadas em 2016 para 3,07 milhões em 2024, um crescimento de quase 70% em menos de uma década. Esse avanço foi acompanhado pelo aumento da penetração da internet nos lares: de 62,1% em 2016 para os atuais 91,7%, um dos mais expressivos crescimentos da região.

Não saber usar a internet é a principal razão apontada entre aqueles que não a utilizavam

Em 2024, a principal razão apontada pelos paraibanos para não utilizarem a internet foi a falta de conhecimento sobre como acessá-la: 63,4% das pessoas de 10 anos ou mais que não usaram a internet alegaram não saber utilizá-la.

Esse percentual é superior aos observados nas médias nordestina (56,1%) e brasileira (45,6%). Em seguida, aparecem como motivos menos expressivos a falta de necessidade (14,6%) e o alto custo do serviço ou equipamento eletrônico (8,4%). Apesar de ainda relevantes, essas razões mostram menor impacto na Paraíba em comparação com o Brasil, onde os percentuais foram de 28,5% e 10,9%, respectivamente.

Um dado que chama atenção é que apenas 1,1% dos não usuários na Paraíba disseram que o serviço de internet não estava disponível nos locais que frequentam, revelando que a infraestrutura de acesso não é o principal entrave no estado. Já a preocupação com privacidade ou segurança, embora pouco citada, foi mais mencionada na Paraíba (4,6%) do que no Nordeste (3,1%) e na média nacional (3,8%).

Uso de microcomputador ou tablet nos domicílios é o 7º menor do país

Em 2024, apenas 27,3% dos domicílios da Paraíba possuíam microcomputador ou tablet, ficando estável em relação à 2023 (27%), mas em revelação ao início da série histórica, 2016 (37,7%), houve redução de 10,4 pontos percentuais no uso de um destes dispositivos no estado.

O resultado para 2024 ficou abaixo da média nacional (40,5%) e a 7ª menor taxa dentre as unidades da Federação, à frente apenas de seis estados, sendo o Maranhão (20,3%) e o Piauí (24,6%) aqueles que detêm os menores índices.

A proporção de domicílios com pessoas tendo acesso exclusivo a microcomputadores caiu de 33,2%, em 2016, para 25,4%, em 2024, enquanto a presença de tablets, que já foi de 14,7%, em 2016, recuou para 7,1%, em 2024. Essa tendência, observada em todo o país, é mais acentuada na Paraíba.

Na Paraíba, o uso do celular tem crescimento contínuo e atinge o recorde de 84% da população

A evolução no acesso ao telefone celular para uso pessoal entre a população de 10 anos ou mais na Paraíba revela um crescimento contínuo entre 2016 (71,5%) e 2024 (84%), indicando um avanço de 12,5 pontos percentuais entre os extremos do período.

Tal crescimento foi observado em praticamente todas as faixas etárias, com destaque para os adultos entre 20 e 39 anos, cujos percentuais superam 94% em 2024.

Por outro lado, entre os idosos com 60 anos ou mais, a ampliação também foi significativa, saindo de 54% em 2016, para 66,5% em 2024 — um aumento de 12,5 pontos percentuais, evidenciando uma tendência de inclusão digital entre as faixas etárias mais elevadas.

A análise por faixas etárias mostra que o grupo de 25 a 29 anos atingiu o maior índice de posse de celular em 2024, com 95%, seguido pelo grupo de 20 a 24 anos, com 94,4%. Já entre os adolescentes de 14 a 19 anos, houve avanço expressivo, especialmente entre 2023 e 2024, saltando de 78,5% para 85,1%.

A faixa de 10 a 13 anos, por sua vez, apresentou comportamento mais instável: embora tenha havido crescimento
até 2022, houve uma leve retração nos anos seguintes, culminando com 46,2% em 2024. Em 2024, a proporção da população paraibana com celular (84%) ficou igual da média do Nordeste e abaixo da média nacional (88,9%).

Embora tenha registrado avanços em todas as faixas etárias, o estado ainda mantém percentuais inferiores aos do país em grupos de 50 a 59 anos (85,3% na Paraíba contra 92,4% no Brasil) e de 60 anos ou mais (66,5% contra 78,1%).

Por outro lado, em segmentos mais jovens, como o de 20 a 24 anos, a Paraíba (94,4%) supera a média nordestina (94%) e se aproxima da brasileira (95,6%), o que indica um alinhamento com a tendência nacional entre os mais jovens.

Existência de televisão nos domicílios diminui gradualmente ao longo dos anos

Entre os anos de 2016 e 2024, observou-se uma redução gradual na proporção de domicílios com televisão tanto no Brasil quanto na Paraíba, apesar do aumento absoluto no número de domicílios. Em nível nacional, a taxa caiu de 97,2%, em 2016, para 93,9%, em 2024, enquanto na Paraíba a redução foi de 98% para 93,7%, respectivamente.

Essa tendência sugere uma possível substituição dos televisores tradicionais por outras formas de consumo de conteúdo audiovisual, como dispositivos móveis, refletindo mudanças no comportamento das famílias em relação ao acesso à informação.

No que se refere ao total de moradores em domicílios com televisão, os percentuais também apresentam queda ao longo do período analisado. No Brasil, esse índice recuou de 97,7% em 2016, para 95,1% em 2024. Na Paraíba, a redução foi mais expressiva, passando de 98,9% para 95,5%.

Apesar disso, a Paraíba manteve, em todos os anos, proporções superiores à média nacional, indicando que, proporcionalmente, mais pessoas continuam residindo em lares com televisão no estado do que no país como um todo.

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *