Governo leva vacina para escolas e espera imunizar 40 mil alunos

Governo leva vacina para escolas e espera imunizar 40 mil alunos

Ação a irá imunizar estudantes de 5 a 16 anos em todas as escolas estaduais e municipais, afirma coordenadora da campanha de vacinação do estado

Os alunos de todas as escolas estaduais do Rio Grande do Norte serão vacinados contra diversas doenças. Na manhã de quinta-feira, dia 5, a Estratégia de Vacinação nas Escolas para 2024 teve início na Escola Estadual Djalma Marinho, no bairro Pitimbu, Zona Sul de Natal. Ao todo, o programa visou imunizar as 800 crianças e jovens da instituição contra o HPV, Meningo C, febre amarela e influenza.

A Estratégia de Vacinação nas Escolas segue até dia 4 de maio. Durante a campanha, crianças de até cinco anos poderão receber as doses de Poliomielite inativada (VIP), Poliomielite oral (VOP), Pentavalente (DTP/Hib/HB) e Tríplice Viral.

Já para as crianças maiores de 5 anos e adolescentes, serão disponibilizadas as vacinas de febre amarela, Tríplice Viral, HPV e Meningocócica ACWY, conforme a faixa etária definida no Calendário Nacional de Vacinação.

Segundo a coordenadora da campanha estadual de vacinação, Laiane Graziela, a intenção da estratégia é aumentar a cobertura vacinal e proteger crianças e adolescentes até 15 anos, devido à facilidade de adoecimento dessa faixa etária.

“A gente sabe que hoje o pai e a mãe estão trabalhando, não têm tempo de levar seu filho até a Unidade Básica de Saúde. Por isso, pretendemos aproximar o serviço de saúde dessas crianças para conseguirmos aumentar a imunização”.

Governo do RN e prefeituras fazem parceria

Em 2024, Laiane afirma que o objetivo da campanha promovida pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seec) e secretarias municipais de saúde e educação de todo o RN, é vacinar cerca de 40 mil estudantes de todas as escolas estaduais e municipais.

“A gente fala da proteção coletiva. Quando alcançamos um número muito alto de pessoas vacinadas, conseguimos, não só proteger a pessoa que está vacinada, mas proteger toda a população, os familiares e a comunidade”, disse.

A vice-diretora do Djalma Marinho, Regiane Fedalto, afirmou que a escola recebeu a campanha com felicidade pois nos primeiros meses deste ano houve um grande crescimento de adoecimento dos alunos.

“O nível de adoecimento, não só das crianças, adolescentes, jovens, professores, os profissionais da área de educação foi muito maior. Inclusive, nós mesmos entramos em contato com o Programa de Saúde nas Escolas para que pudesse viabilizar essa vacinação, porque estava em uma situação muito crítica”.

Com a chegada dos agentes de saúde, ela explica ainda que os cuidados não são introduzidos aos alunos apenas no momento de vacinação, mas também dentro da sala de aula, como um projeto pedagógico. Além disso, ela vê a campanha como uma forma dos estudantes não ficarem para trás durante o ano letivo.

“É uma perda muito grande de conteúdos quando a criança falta e muito ruim para o professor que está lecionando porque ele está dando o conteúdo e os alunos começam a faltar, então ele tem que voltar nos assuntos explicados. E as famílias da mesma forma, faltam ao trabalho, têm que comprar remédio, muda a sistemática da família”.

Laiane Graziela, coordenadora do projeto
Laiane Graziela, coordenadora do projeto

DENGUE. Além da oferta de diversas vacinas, a campanha também combate a dengue nas unidades escolares, com ênfase nas ações de prevenção à proliferação do mosquito Aedes aegypti. De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do distrito sul de Natal, Alessandra Pierre, além da imunização, o programa Saúde na Escola busca conscientizar os estudantes e funcionários sobre a questão das arboviroses.

Em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a vacinação contra a dengue alcançou a marca de 9.312 doses aplicadas até o dia 1º de abril em pessoas de 10 a 14 anos. Isso representa apenas 20% da população alvo vacinada. Segundo a SMS, a estimativa é que 46.549 crianças e adolescentes sejam imunizadas.

“É a didática que a gente sempre tenta trabalhar. É uma didática lúdica, porque fica mais compreensível para essa faixa etária, para também o cenário escolar. Então a gente vai ter peças de teatro com o mosquito da Dengue, trabalharemos com cartazes, folders, contação de histórias. Então toda essa parte lúdica, metodológica ajuda bastante na compreensão”, explica.

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *