Jovem pesquisador maranhense representará o Brasil na maior feira de ciências do mundo

Jovem pesquisador maranhense representará o Brasil na maior feira de ciências do mundo

Seu projeto de pesquisa inédito promete combater os mosquitos transmissores de doenças tropicais.

O jovem pesquisador maranhense Pedro Paulo Braga, de 16 anos, está prestes a representar não só o Maranhão, mas todo o Brasil, na maior feira de ciências e engenharia do mundo, nos Estados Unidos.

Seu projeto de pesquisa inédito promete combater os mosquitos transmissores de doenças tropicais, como dengue e febre amarela, utilizando uma planta típica da vegetação maranhense, o Juá Bravo.

Pedro iniciou sua pesquisa em 2022, quando ainda estava no 9º ano do ensino fundamental, e hoje, no 2º ano do ensino médio, começa a ver os resultados do reconhecimento dos benefícios que seu trabalho pode trazer para a sociedade.

Ele faz parte do programa Cientista Aprendiz da Universidade Estadual da Região Tocantina do MA (Uemasul), que prepara estudantes do ensino básico para o mundo da pesquisa científica.

O projeto de Pedro foca na folha da planta Solanum viarum Dunal, mais conhecida como Juá Bravo, com o objetivo de produzir um biolarvicida capaz de matar e modificar geneticamente as larvas dos mosquitos transmissores de arboviroses.

Seu orientador, o professor de Ciências Biológicas da Uemasul, Zilmar Timóteo Soares, destaca os resultados promissores alcançados, incluindo a esterilização dos mosquitos e a interrupção da reprodução das larvas.

A importância da pesquisa de Pedro se destaca em um momento crucial para a saúde pública do Maranhão e do Brasil, com números alarmantes de mortes por dengue e outras doenças tropicais.

Motivado pela realidade observada em sua região e em outras áreas de clima tropical, o jovem pesquisador encontrou no desenvolvimento deste projeto uma oportunidade de contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida das comunidades afetadas.

Além de representar uma solução sustentável e ecológica de combate aos mosquitos transmissores, feita a partir de uma planta nativa do Maranhão, a pesquisa de Pedro também promete ser uma alternativa mais econômica no enfrentamento às arboviroses, proporcionando acesso digno à saúde para as pessoas mais vulneráveis.

Pedro já demonstrava interesse pela ciência desde cedo e sua participação em feiras científicas pelo Brasil rendeu reconhecimento e premiações, incluindo o convite para representar o país na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), em Los Angeles.

Seus planos futuros incluem aperfeiçoar e patentear o projeto, visando sua comercialização e contribuindo assim para a preservação da saúde e vida das populações afetadas por doenças tropicais.

Para seu orientador, a participação de Pedro no evento representa uma oportunidade de mostrar que o Brasil também pode ser protagonista na cooperação para o avanço da ciência e tecnologia mundial.

E Pedro vê na feira uma oportunidade de expandir seus conhecimentos e fortalecer sua aptidão pela pesquisa, esperando retornar para sua cidade mais preparado para realizar novos estudos e contribuir ainda mais para a ciência e a saúde pública.

Redação

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