Linguagem Neutra nas escolas: Qual a opinião do potiguar?
Diversas propostas foram apresentadas ao Congresso Nacional, incluindo o uso da linguagem neutra nas escolas
O Ministério da Cultura divulgou 30 propostas para discussão no Congresso Nacional como parte do novo Plano Nacional de Cultura, divulgado no último dia 8. Entre estas, está o programa que determina que estudantes, educadores e gestores terão “formação para uso da linguagem neutra”, que faz parte do novo Plano Nacional de Cultura e se aprovadas no Congresso, vão estabelecer as metas da pasta pelos próximos dez anos.
Segundo o portal Veja, caso a medida seja aprovada, as palavras “todos” e “todas”, por exemplo, seriam substituídas por “todes”. “Menino” e “menina” dariam lugar a “menine”. O AGORA RN foi às ruas para saber a opinião da população e as respostas foram diversas. Embora haja uma parte que discorde veemente da proposta, outra parte do público composto por pessoas majoritariamente jovens se mantém à favor.
Linguagem Neutra nas escolas: Qual a opinião da população? – Foto: Ilustrativa/José Aldenir/Agora RN.
Cidadãos entre 40 e 60 anos discordam ou não conhecem a forma de comunicação. No entanto, jovens adultos e adolescentes se mantém cientes da linguagem, mesmo que existam divergências de pensamentos.
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“Acho que estamos lidando com algo maior aqui, porque estamos falando sobre proporcionar um ambiente mais inclusivo para as pessoas, moldando um local onde elas se sintam seguras e tenham liberdade de ser quem elas desejam. O que a gente deve tomar cuidado, na verdade, é até onde isso pode ser tratado a sério por um aluno desinteressado, por exemplo” respondeu uma das entrevistadas.
“Não sei até onde isso é bom, o ambiente escolar possui um padrão de metodologias e não sabemos até onde isso pode acarretar. Se, atualmente, algumas instituições já apresentam comportamentos que reprimem um aluno por sua maneira de se expressar, como na arte, eu fico imaginando o que pode acontecer com alguém que deseja ser tratado na forma neutra” respondeu o aluno Anderson.
“Não concordo de maneira alguma. O mundo está virando de cabeça pra baixo com essas coisas que inventam, assim eles estragam os alunos e a educação vai por água abaixo de uma vez” revelou a vendedora Eridnéia, de quarenta e cinco anos.
Por se tratar de um tema polêmico, muitos não desejaram se identificar. A proposta segue em tramitação e, depois de ser enviada pelo governo, será analisada pela comissão de Educação
Além do projeto da “linguagem neutra”, a secretaria de Cultura propõe que os programas educacionais recebam financiamento por uma parcela dos impostos sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas. O fundo visa promover a “diversidade de linguagens e assegurar a inclusão universal nos processos educativos e culturais”.