Projetos sociais e equipamentos esportivos da Sudesb refletem sucessos no esporte brasileiro
Com os Jogos Olímpicos de Paris 2024 batendo, cada vez mais, à porta, a torcida pelos brasileiros e, especialmente, pelos baianos só aumenta. O Governo do Estado teve um papel importante no desenvolvimento de alguns dos 15 baianos confirmados para competir os solos parisienses, por meio de programas de apoio ao atleta, fomento às competições e especialmente em projetos sociais e equipamentos esportivos que impactaram, como Paola Reis, do BMX, Mateus Nunes, da canoagem, e Guilherme Caribé, da natação.
O investimento do Governo do Estado nas três modalidades soma mais de R$52,9 milhões. Por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), os projetos sociais esportivos parceiros e apoiados tornaram-se uma marca importante na Bahia, que, se fosse um país, estaria no segundo lugar entre os países sul-americanos nas Olímpiadas de Tóquio, com quatro medalhas de ouro e uma de prata.
Paola Reis
O grande nome do bicicross nacional é baiano. Paôla Reis, que já foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, chega como uma das principais favoritas pela medalha olímpica após um passado de investimento da Sudesb. A ciclista, inclusive, é fruto do Projeto Pedal, uma parceria da Sudesb com a Associação de Bicicross de Salvador (ABS), desde os seus 11 anos de idade. Ao longo da carreira, também recebeu o apoio do programa FazAtleta por cinco anos e o edital de 2021 do Bolsa Esporte, além da concessão de passagens aéreas e terrestres para competições e treinamentos.
O Projeto Pedal acontece desde 2010 e. atualmente, está sendo realizado na Pista de Bicicross de Stella Mares, com talentos que esperam e prometem chegar ao nível de Paôla a partir dos seus resultados nacionais. Atualmente, são 200 crianças e adolescentes. O incentivo da Sudesb ao BMX nos últimos dez anos foi de R$ 3,4 milhões com o Projeto Pedal, eventos, programas de apoio ao atleta e a concessão de passagens aéreas e terrestres.
Remando em Águas Baianas
Outros projetos de iniciação esportiva e fomento ao esporte acontecem pelo estado da Bahia, como o Remando em Águas Baianas, que também já foi Remando no Litoral Sul e Remando no Rio de Contas, todos em parceria com a Federação Baiana de Canoagem (Febac) e mais de 800 jovens atendidos. Os núcleos do atual projeto são nas cidades de Camamu, Itacaré, Itajuípe, Maraú, São Félix, Ubaitaba e Ubatã.
O mais jovem canoísta a representar o Brasil nas Olímpiadas de Paris, Mateus Nunes, natural de Itacaré, participou do projeto entre 2017 e 2020, pouco antes de ser convocado pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). Estreante, ele vai disputar a categoria C1 1000m, a mesma que o maior nome brasileiro da modalidade na história – o também baiano Isaquías Queiroz.
Com os projetos, iniciados em 2017, infraestrutura esportiva dos Centros e Núcleos de Canoagem, a realização de eventos e os apoios aos atletas por meio do FazAtleta, do Bolsa Esporte e da concessão de passagem, o investimento do Governo do Estado supera os R$ 25 milhões nos últimos oito anos. Os projetos seguem para ouras modalidades com baianos de destaque e convocados para as Olímpiadas: o boxe, o futebol feminino e a natação.
O boxe, com um histórico de medalhas extenso para os baianos e nomes marcantes, está contemplado tanto nos projetos sociais como na infraestrutura esportiva, com a entrega do Centro de Boxe e Artes Marciais da Bahia, no largo de Roma, na Cidade Baixa. A modalidade faz parte do leque de esportes de luta presentes no projeto de Núcleos de Esportes de Luta e Combate, que acontece no Centro de Boxe e na Arena de Esportes da Bahia, em Ipitanga, Lauro de Freitas.
Já o futebol feminino baiano estará representado nas Olímpiadas de Paris pela zagueira Rafaelle Souza. No entanto, o fomento à modalidade por meio da Sudesb está literalmente em casa – no Estádio de Pituaçu. O equipamento recebe o projeto Esporte na Cidade, que contempla crianças de sete a 17 anos e recebeu o Prêmio de Serviço Público da Organização das Nações Unidas (ONU), na categoria “Promoção de serviços públicos com perspectivas de gênero para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.
A Ginástica Rítmica ainda não tem uma representante baiana nos Jogos Olímpicos, mas não por muito tempo se depender dos resultados da próxima geração. Os talentos da Bahia passaram e estão sendo cultivados no projeto em parceria com a Federação Baiana de Ginástica (FBG) da Casa de Ginástica da Bahia (Cagiba), que acontece no Ginásio Municipal de Lauro de Freitas.
Piscina Olímpica da Bahia
Em parceria com a Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), o projeto Natação em Rede está na sua quinta edição, com um investimento de mais de R$ 8 milhões. Atualmente, cerca de 3.600 crianças, jovens e idosos são atendidos nas modalidades de hidroginástica, natação e polo aquático.
Para além do fomento, equipamentos esportivos de primeira linha serviram como locais propícios de treinamento e preparação, como a Piscina Olímpica recebeu os treinamentos de um dos principais nadadores do país, Guilherme Caribé, enquanto morava em Salvador. O nadador baiano vai competir em três categorias: os 100m livre; os 50m livre; e o revezamento 4x100m livre, com um dos parceiros o também baiano Breno Correia.
Além dele, outros nadadores do estado usam o equipamento para se aprimorar e preparar para as competições regionais, nacionais e internacionais. O investimento do Governo do Estado para a entrega do equipamento em três etapas foi de cerca de R$ 16,5 milhões.