Sergipanos expressam orgulho pelo estado no Dia da Sergipanidade

Sergipanos expressam orgulho pelo estado no Dia da Sergipanidade

Data oficializada por lei reafirma a identidade cultural sergipana

O Dia da Sergipanidade, celebrado neste 24 de outubro, é uma data em que os sergipanos declaram o amor e orgulho de viver em Sergipe. Cada um, de maneira singular, tem seus motivos para ser apaixonado por este estado que, apesar de pequeno, é gigante em cultura, tradição e belezas naturais.

A data se confunde com o dia da Independência de Sergipe, 8 de julho de 1820, dia em que a Carta Régia desanexou o território sergipano da Bahia, porém foi apenas em 24 de outubro de 1824 que o documento chegou a Sergipe. Sendo assim, desde 2019 a data é reconhecida por lei como Dia da Sergipanidade, com o intuito de estimular a realização de atividades artísticas e culturais que exaltassem o sentimento da sergipanidade.

Apesar de passados cinco anos da oficialização da data, ainda há quem não compreenda o que é o Dia da Sergipanidade. Essa palavra, que é muito mais que um termo, representa um sentimento, uma identificação, e foi usada pela primeira vez pelo sergipano Tobias Barreto. É o conjunto de traços típicos da nossa cultura que torna a nossa identidade única entre as demais no Brasil.

“Por meio de uma lei se criou a expressão ‘sergipanidade’, que nada mais é do que a forma mais natural e devida de expressar toda a nossa cultura, a nossa tradição e raízes. Sergipanidade passou a ser uma expressão que reforça tudo isso, o orgulho de ser sergipano”, explica o presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Gustavo Paixão.

Sergipanidade pelos sergipanos

A sergipanidade está nos gestos cotidianos, nas narrativas que se constroem a partir das raízes que se estendem por gerações. Neste 24 de outubro, o povo sergipano reafirma, mais uma vez, sua identidade, como Silvaneide Soares, conhecida popularmente como Galega das Ervas. “Ser sergipana é maravilhoso. Nasci nesta terra, sou grata por morar aqui e conviver com as pessoas daqui. Sergipe, para mim, é tudo. Não tenho nem palavras para dizer o quanto amo a minha terra”, empressou. 

Para Raphael Bittencourt, a sergipanidade está nas águas que banham o estado e nas origens ancestrais que correm em suas veias. “Aqui é a terra dos Serigy e Aperipê, um povo aguerrido e batalhador. Temos a honra de ser banhados pelo Rio Sergipe, pela foz do Cotinguiba e do Rio Poxim. Carregamos não só a força da ancestralidade, mas também do povo africano, e com toda essa força emanada aqui no Nordeste”, reflete.

A cultura, expressa em cada canto, dança ou celebração, também é motivo de orgulho para Raquel Carvalho. “Nós temos de tudo: praias, a Orla da Atalaia, a Barra dos Coqueiros, Estância. E o forró aqui é ‘pé quente’, a gente não perde um. Tenho orgulho de ser nordestina, de ser sergipana”, afirmou.

Cultura e pertencimento

A sergipanidade também se manifesta em cada verso do hino do Estado, composto por do poeta e professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos e a música é do Frei José de Santa Cecília, ambos sergipanos. Como forma de homenagear esta data tão importante, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), sob direção artística e regência de Guilherme Mannis, regravou o hino em três pontos culturais e históricos do estado: Teatro Tobias Barreto, Praça São Francisco e Ponte do Imperador.

Para o maestro Guilherme Mannis, a divulgação de uma gravação oficial e cuidadosa do Hino de Sergipe é de suma importância para nosso estado. “Trata-se de um hino belíssimo, composto no século XIX com consideráveis influências da ópera italiana. Nós restabelecermos esse ícone cultural, com o restauro da partitura e cuidadosa performance de nossa orquestra e coro, é mais um momento marcante de nossa atividade. A partir de sua divulgação, poderá ser usada em todas as cerimônias do estado e divulgada nas instituições de ensino”, explicou. 

Além da gravação do hino, a orquestra sergipana também gravou a peça ‘Sergipanidade’, de Fabiano Santana, violinista concertino da Orsse. Com elementos da cultura sergipana, como o som do bacamarte e o encontro das espadas da Chegança, a peça busca expressar a coragem e a resiliência que, para o compositor, definem a sergipanidade. “Procurei, por meio da música, expressar os sentimentos de coragem, esperança e fé frente aos grandes desafios que, com essa sergipanidade, o nosso povo resiliente demonstra ter nas horas de luta”, destacou o violinista.

O maestro Guilherme Mannis também reforçou o papel de destaque que a Orsse ocupa na manutenção e fortalecimento da cultura sergipana. “Sergipanidade é amarmos profundamente o nosso estado e todas as manifestações culturais que ocorrem aqui. É pensarmos também que tudo que nós produzimos aqui, toda a cultura de muita qualidade, de muito amor que é produzido aqui. Parabéns a todos nós”, finalizou Mannis.

Redação

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