Em entrevista exclusiva, Bethânia reforça amor pelo Recife: “Gosto de entrar em cena em Recife”

Em entrevista exclusiva, Bethânia reforça amor pelo Recife: “Gosto de entrar em cena em Recife”

Artista baiana se apresenta ao lado do irmão, Caetano, em show da turnê nesta sexta-feira (25) e sábado (26), no Classic Hall


“Acho que o Recife me compreende, eu compreendo o Recife”. É que ‘nas ruas repletas de lá, nas batidas de bumbo, os maracatus…’ o Recife sempre esteve perto de Maria Bethânia.

E para matar essa saudade tão grande, ela sempre volta. Dessa vez, em (re)encontro com a cidade cujo elo “Muito forte!” como a própria frisou, vem incrementado ao lado de quem ela se refere como o seu “grande guia”. “Caetano é um mestre, como eu digo: o mestre do meu barco”.

Com ingressos esgotados, assim como para outras cidades, a turnê “Caetano e Bethânia” “ocupa” o Classic Hall nesta sexta (25) e sábado (26), com show às 21h.

Quase cinco décadas depois do encontro dos irmãos no palco, com 1978 marcando a primeira circulação dos dois juntos, é com “Alegria, Alegria” (Caetano, 1967) que o espetáculo será aberto, prenunciando o sentimento aflorado em cada uma das centenas de fãs destes ilustres da Música Popular Brasileira.

Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, Maria Bethânia falou da turnê, exaltou a música pernambucana, relembrou Gal, reforçou seu amor pelo Recife e achou engraçado ser chamada de “Rainha”.

“É muito engraçado! Rainha que eu saiba só tem uma: Nossa Senhora”. No céu, não há que se duvidar. Mas nas bandas de cá da terra (e da música), temos Maria Bethânia, senhores!

MÚSICA PERNAMBUCANA
Pernambuco, Recife, primeiro meu beijo imensamente carinhoso. A música de vocês sempre foi muito forte, sempre foi muito bonita, sempre ganhou o Brasil de maneira nítida e comovente. Eu tenho participado um pouco, de gente que eu nunca gravei.

Por exemplo, Lenine, eu gravei recentemente pro novo trabalho dele, mas já gravei outras coisas com Lenine que é um gênio, um amigo querido e um expoente na música popular brasileira.
 pra fazer uma participação numa canção dele, “Quero Você”, que entrou numa novela. Eu tenho ouvido canções, tenho ouvido muitas coisas novas de Pernambuco, de Recife.
 

Almério e Maria Bethânia | Crédito: Reprodução/Instagram

Gravei o Juliano Holanda na canção “Fiadeira” pro filme “O Auto da Compadecida 2”, que será lançado em dezembro, que é uma honra pra mim participar dessa trilha sonora, de uma matéria tão linda, que se trata no Auto da Compadecida. Então, eu tenho prestado atenção, tenho ouvido como sempre faço.

o que me proíbe um pouco de me aprofundar mais. Mas gosto sempre de ouvir o que tem de novidade. 

“CAETANO, MEU GUIA”
Certamente, sim. Somos irmãos de sangue. Somos irmãos do amor de meu pai e minha mãe. Somos os menores. Eu sou caçula, Caetano um pouquinho antes de mim.

Temos uma relação profunda desde muito pequenos e a música nos uniu, a arte de um modo geral.

Caetano foi meu grande guia para conhecer obras de teatro, obras de cinema, leitura, audição de cantores – não só brasileiros, compositores não só brasileiros. Caetano é um mestre, como eu digo: o mestre do meu barco. 

RECIFE, ELO FORTE
Cantar no Recife é sempre muito especial. É sempre muito prazeroso. Eu tenho um elo forte com o público de Recife. Muito forte! Sou apaixonada, gosto de entrar em cena em Recife.

Gosto como o público ouve o que eu estou dizendo, o que eu estou transmitindo do meu sentimento, da minha profissão de cantora, mas intérprete, mais do que tudo. Acho que o Recife me compreende, eu compreendo o Recife e adoro essa cidade! 

Redação

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