Universidade Federal de Pernambuco recruta voluntários para projeto contra fake news

Jovens de 18 e 24 anos de todo o Brasil podem participar gratuitamente da pesquisa

Projeto é desenvolvido pela pesquisadora Karoline Fernandes (Foto: Divulgação)

Pesquisadoras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recrutam voluntários de todo o Brasil para participar de um projeto ainda em fase de testes: o jogo digital Meias#Verdades.

Ele  se baseia na Teoria da Inoculação Psicológica

A ideia é treinar aqueles que utilizam as redes sociais para identificar notícias falsas, as chamadas ‘fake news’. 

A pesquisa está sendo desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCI-UFPE). 

A equipe é liderada pela doutoranda Karoline Fernandes, sob orientação da Profa. Dra. Nadi Helena Presser (PPGCI-UFPE) e coorientação da Profa. Dra. Luciana Monteiro-Krebs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS).

Recrutamento

Jovens entre 18 e 24 anos de todo o Brasil, podem participar do experimento que consiste em jogar o jogo e responder a dois breves questionários, que servirão para avaliação da eficácia da ferramenta, em estimular o reconhecimento das fake news. 

A participação é gratuita e os interessados devem mandar um e-mail para o endereço: karoline.fernandes@ufpe.br informando o estado onde mora e afirmando que deseja colaborar com a pesquisa, para então receber o link do game e as instruções de acesso. O experimento dura até cinco minutos. 

Sobre o game

O game simula uma rede social e, ao longo da narrativa, apresenta ao jogador cinco principais estratégias de manipulação mais comuns nas redes sociais, acompanhadas de argumentos contrários e, finalmente, sua refutação. 

“Ao final da aventura espera-se que o jogador construa habilidades não só para identificar a estrutura básica de uma desinformação presente nas redes sociais como também saiba argumentar sobre o porquê de aquele conteúdo ser duvidoso”, explica a pesquisadora, Karoline Fernandes.  

A Teoria da Inoculação Psicológica segue a mesma lógica de uma vacina biológica, a qual o organismo é exposto a doses enfraquecidas de um vírus para estimular a produção de anticorpos. Essa dose controlada faz com que o sistema imunológico esteja mais bem preparado para superar qualquer ataque viral maciço, mas não é tão forte a ponto de causar a doença por si só.