Neuropsicóloga alerta sobre as marcas invisíveis do bullying
Escolas têm papel fundamental em ações para combater essa prática
O bullying representa mais do que simples provocações infanto-juvenis. Ele é uma forma de violência psicológica que deixa cicatrizes profundas na mente e na alma das vítimas, especialmente, no ambiente escolar. Esse tipo de experiência impacta o desenvolvimento cognitivo e emocional dos jovens, prejudicando até mesmo o convívio familiar e apresentando reflexos na vida adulta.
A neuropsicóloga Fernanda Barreto avalia que o bullying na infância e adolescência é uma forma de violência, muitas vezes sutil e intencional, que termina gerando com o tempo um adoecimento mental significativo. “O bullying é o silêncio que destrói”, afirmou. “As vítimas frequentemente enfrentam um aumento do estresse crônico, ansiedade, depressão e baixa autoestima, que podem persistir ao longo da vida adulta”, disse.
Fernanda destaca que os efeitos dos ataques não se limitam apenas ao período escolar, mas têm ramificações que ecoam na vida adulta e que precisam muitas vezes de um acompanhamento profissional. “Adultos que foram vítimas de bullying na infância muitas vezes carregam consigo as marcas invisíveis desse trauma, refletidas em dificuldades de confiança, relacionamentos interpessoais e até mesmo desempenho profissional”, observou.
TRABALHO EM CONJUNTO
A neuropsicóloga enfatizou a importância de programas de conscientização e educação que promovam a empatia, o respeito mútuo e habilidades sociais entre os estudantes. “As escolas devem criar um ambiente seguro e inclusivo, onde todas as formas de intimidação sejam firmemente rejeitadas e os alunos se sintam capacitados a denunciar qualquer incidente de bullying”, destacou.
Além disso, Fernanda ressalta a necessidade de intervenções precoces e apoio psicológico adequado para as vítimas de bullying, ajudando-as a processar suas experiências e fortalecer suas habilidades de enfrentamento. “É fundamental que os educadores estejam atentos aos sinais de alerta e ofereçam um suporte, trabalhando em colaboração com profissionais de saúde mental quando necessário”, enfatizou.
“A batalha contra o bullying exige um esforço coletivo, onde pais, educadores, profissionais de saúde e a comunidade em geral se unem para criar um ambiente onde todas as crianças e adolescentes possam crescer livremente, sem intimidação ou crueldade”, finalizou a neuropsicóloga.
Gratta Comunicação.