Com recursos do Novo PAC, Governo da Bahia define consórcio responsável por reforma milionária em aeroporto

O governo da Bahia já definiu as empresas responsáveis pelas obras de reforma e ampliação do Aeroporto Dom Ricardo Weberberger, em Barreiras, no Oeste do estado. O aeroporto é administrado pela gestão estadual, e a licitação foi lançada pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) em outubro de 2024.
As obras serão executadas por um consórcio formado pelas empresas Pórtico Construções, Eterc Engenharia e Empresa Brasileira de Soluções Aeroportuárias (EBSA). O investimento total ultrapassa R$ 44 milhões, com recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e do próprio governo da Bahia.
Intervenções previstas
O projeto contempla a construção de um novo terminal de passageiros, a reforma e ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD), um novo pátio de aeronaves, além de obras complementares de drenagem, infraestrutura de balizamento noturno e sistemas de auxílio à navegação.
Também está prevista a reforma e adequação da taxiway, pista de rolamento que conecta o terminal, hangares e outras instalações do aeroporto. Com as melhorias, espera-se que o aeroporto tenha capacidade para operar voos com aeronaves de até 200 passageiros.
Segundo a Seinfra, a obra do novo terminal de passageiros tem previsão de duração de 360 dias (um ano) após a assinatura da ordem de serviço. Já a ampliação da pista de pouso e decolagem deve durar 240 dias (oito meses) a partir da autorização da execução.
Relevância estratégica
A modernização do aeroporto foi anunciada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda em 2024. Na ocasião, o ministro destacou o papel estratégico do equipamento para a economia regional. “Uma melhor logística significa aumentar a capacidade de competição do estado da Bahia para outros lugares, não só do Brasil, mas da América do Sul. Então eu acho que o agronegócio do Oeste ganha”, afirmou.
O Aeroporto de Barreiras está localizado no topo da Serra da Bandeira, uma das regiões mais produtivas do Brasil em grãos e pecuária. Por esse motivo, o equipamento está incluído no Plano Aeroviário Nacional (PAN), o que garante prioridade em investimentos federais para sua modernização.
Demanda reprimida
O prefeito de Barreiras, Otoniel Nascimento (União), tem reforçado a importância da obra, alegando que o aeroporto atual é o “principal entrave” para o desenvolvimento da região. “Com uma pista e terminal pequenos, aviões de grande porte não conseguem pousar. Isso afeta diretamente o crescimento econômico da cidade e da região”, disse o gestor.
A demanda por voos é alta, principalmente nos trechos Barreiras–Salvador e Barreiras–Brasília, mas atualmente só há um voo diário para a capital baiana. O trecho para o Distrito Federal ainda não é ofertado.
“No Oeste da Bahia nós temos alguns dos maiores produtores de algodão e soja do Brasil, e não temos esse serviço aéreo para ofertar para esses empresários”, concluiu o prefeito.