Nota de repúdio

Nota de repúdio

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas e a Federação Nacional dos Jornalistas repudiam


com veemência a insinuação que buscou associar o trabalho da imprensa alagoana com a
narcocultura. Reportagens da Mídia Caeté, do Extra, G1 foram irresponsavelmente citadas como
propagandas a favor do crime.
O coronel da reserva do Exército, Márcio Saldanha Walker, em um evento promovido pela
Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, na última sexta-feira, classificou levianamente o
trabalho de dezenas de profissionais do jornalismo como “ameaça” a instituição.
Walker ainda afirmou que seria necessário “chamar o repórter” para inquisição ou “explorar a vida”
de jornalistas alagoanos, e que desistiu afirmando que a inteligência da SSP faria esse trabalho.
Durante o curso, várias matérias, de diversos veículos alagoanos, foram citadas, como exemplos de
ameaças ao trabalho policial e que essa pesquisa foi realizada em parceria com a SSP, a quem
caberia identificar os profissionais.
Para o Sindjornal, a posição do consultor, configura grave ameaça ao estado democrático de direito,
flerta com a volta da ditadura, que no Brasil teve participação ativa de integrantes do Exército, e
onde a imprensa, para atender aos caprichos de ditadores chegou a publicar receitas de bolo em
jornais, para não denunciar os excessos do Estado e nem ouvir os dois lados do fato, premissa
primordial do bom jornalismo.
O Sindjornal também repudia a criação de dossiês, devassando a vida pessoal dos jornalistas que
atuam em Alagoas. Um risco à vida desses profissionais e de seus familiares, que assim como as
forças de segurança, precisam ser reconhecidos como aliados da sociedade, da democracia e da
cidadania, uma vez que lutam para reduzir as distorções sociais.
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE ALAGOAS
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS – FENAJ
ALEXANDRE LINO
PRESIDENTE

Redação

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