Bahia aprova propostas estratégicas na CNMA que influenciarão debates na COP30

A Bahia teve papel de destaque na Plenária Geral da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), encerrada nesta quinta-feira (8), em Brasília. Com a maior delegação estadual do evento, o estado se destacou pela atuação coletiva na priorização das propostas para enfrentar a emergência climática no Brasil. Das seis proposições votadas em bloco pela comitiva baiana, três foram aprovadas, incluindo a mais votada da plenária e a que trata da valorização das brigadas de incêndio florestal.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a 5ª CNMA marca um momento histórico para o Brasil. A conferência, segundo ela, é crucial para fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente e impulsionar a transição ecológica, destacando a urgência de enfrentar a emergência climática como uma responsabilidade coletiva das gerações atuais e futuras.
Uma das propostas aprovadas tem origem no território de Irecê, no interior da Bahia, e defende a valorização das brigadas civis como estrutura essencial no combate a incêndios florestais. Elaborado por representantes locais, o texto foi destacado por Indica Santana, delegada e uma das autoras da proposta: “Passamos por conferências municipais e estaduais, e chegar à etapa nacional com essa aprovação é uma grande conquista”, afirmou.
Para a coordenadora da delegação baiana e diretora de Educação Ambiental para Sustentabilidade da Sema, Marianna Mascarenhas, o desempenho do estado reflete o compromisso da Bahia com a agenda climática. Ela destacou que a atuação unificada da comitiva possibilitou a aprovação de propostas relevantes. Mascarenhas observou que a votação em bloco de seis ações e a conquista de três aprovações evidenciam a força política e a capacidade de mobilização da Bahia no debate ambiental.
A 5ª CNMA reuniu 1.501 delegados de todo o país, que elegeram as 100 propostas prioritárias distribuídas em cinco eixos temáticos: Mitigação, Adaptação e Preparação para Desastres, Justiça Climática, Transformação Ecológica e Governança e Educação Ambiental. O objetivo é subsidiar políticas públicas voltadas à emergência climática, incluindo contribuições para a Conferência das Partes da ONU (COP30), que será realizada em novembro, em Belém do Pará.