Clubes de Pernambuco fecham acordo com MPPE para banir torcidas organizadas dos estádios

Clubes de Pernambuco fecham acordo com MPPE para banir torcidas organizadas dos estádios

Medida drástica busca conter violência e reforçar segurança nos jogos

Os principais clubes de futebol de Pernambuco — Sport, Náutico e Santa Cruz — assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para cortar qualquer vínculo com as torcidas organizadas Torcida Jovem do Leão, Explosão Coral e Náutico até Morrer. A decisão vem após sucessivas reuniões para debater formas de combate à violência nos estádios.

No acordo, os clubes se comprometem a não fornecer verbas, ingressos, transporte ou qualquer outro tipo de apoio às organizadas. Além disso, fica proibida a presença de símbolos, faixas e bandeiras dessas torcidas dentro dos estádios e arenas onde as equipes sejam mandantes.

A assinatura do TAC contou com a participação dos presidentes Yuri Romão (Sport), Bruno Becker (Náutico), Marcos Benevides (vice-presidente do Santa Cruz) e Evandro Barros de Carvalho (Federação Pernambucana de Futebol), além de representantes do MPPE e órgãos de segurança.

Medidas de segurança rigorosas serão implementadas

O acordo prevê que os clubes não poderão reservar setores exclusivos para as torcidas organizadas e deverão impedir a entrada de qualquer membro identificado desses grupos nas dependências dos times, como sedes administrativas e centros de treinamento.

Outro ponto importante é a exclusão de qualquer integrante dessas torcidas do quadro de sócios dos clubes, além de impedir que ocupem cargos de diretoria ou empregos formais ou terceirizados dentro das instituições.

Até 14 de junho de 2025, os clubes terão que implementar um sistema exclusivo de venda eletrônica de ingressos, com identificação facial nas catracas de entrada. Além disso, precisarão colaborar com investigações policiais sempre que solicitado, fornecendo dados de sócios e frequentadores.

Reavaliação periódica do acordo

As cláusulas do TAC serão reavaliadas a cada seis meses em reuniões com o MPPE e órgãos de segurança pública. A expectativa é que as medidas reduzam significativamente os casos de violência ligados às organizadas nos estádios de Pernambuco.

A decisão gera debates entre torcedores e especialistas, já que, apesar do histórico de violência de algumas organizadas, muitos membros também contribuem para o espetáculo do futebol. Resta saber se a medida será eficaz na segurança dos estádios ou se novos desafios surgirão com essa proibição.

Redação

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