Elefante-marinho-do-sul é avistado em Aracaju e na Barra dos Coqueiros e surpreende banhistas

Animal marinho foi registrado por moradores no bairro Coroa do Meio; Fundação Mamíferos Aquáticos confirmou a espécie através do vídeo e investiga o caso
Um elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) surpreendeu moradores e banhistas ao ser avistado em duas praias do litoral sergipano nesta semana. O animal foi registrado inicialmente na Praia dos Artistas, no bairro Coroa do Meio, em Aracaju (SE), e nesta segunda-feira (13), sua presença foi confirmada também na Praia de Atalaia Nova, em Barra dos Coqueiros. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o mamífero de grande porte repousando na areia, atraindo a curiosidade de quem passava pelo local.
Após análise das imagens feita pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) a pedido do portal F5 News, foi confirmado que se trata de um elefante-marinho-do-sul, espécie incomum em águas sergipanas. Uma equipe técnica da fundação está em campo em busca de mais informações sobre o animal, como seu estado de saúde e possíveis causas do deslocamento para a costa nordestina.
A aparição causou surpresa e até confusão entre os internautas. “Ainda chocado com isso, não esperava ir à praia em Aju e encontrar uma foca”, comentou um usuário, que inicialmente confundiu o animal com outro mamífero marinho.
Segundo a FMA, acredita-se que seja o mesmo animal avistado nos dois pontos e que agora está sendo monitorado por uma força-tarefa que inclui o Instituto Mamíferos Aquáticos, Inema, Gepa e Coppa.
Esse tipo de mamífero marinho é típico das regiões frias do hemisfério sul, como a Patagônia Argentina e a região circumpolar, onde formam colônias reprodutivas. A FMA explica que a presença do elefante-marinho em Sergipe pode estar associada à influência das correntes marinhas, que desempenham um papel essencial na dispersão de indivíduos ao longo da costa atlântica. Segundo a instituição, o animal possivelmente escolheu o litoral sergipano como ponto de descanso em sua jornada antes de seguir viagem de volta ao sul do continente.
Embora seja um visitante raro, a espécie já foi registrada em outras partes do Nordeste brasileiro, como Bahia, Alagoas, Pernambuco e Ceará. Em todos os casos, instituições locais se mobilizaram para proteger o animal e coletar dados sobre seus movimentos. Em Sergipe, a Fundação Mamíferos Aquáticos, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), mantém uma equipe em campo para garantir a integridade do elefante-marinho e acompanhar seus comportamentos naturais.
O elefante-marinho-do-sul é o maior dos pinípedes, podendo atingir até 4 toneladas. Seu nome vem da característica tromba presente nos machos adultos. Apesar da aparência pacífica, é importante ressaltar que se trata de um animal silvestre e que o contato humano pode ser prejudicial à sua saúde.
A FMA reforça que, ao encontrar um animal marinho encalhado ou descansando na areia, é fundamental não se aproximar e permitir que ele permaneça tranquilo. Em caso de novos avistamentos ou situações de risco, a população pode entrar em contato com os canais oficiais da Fundação: 0800 079 3434 ou (79) 99130-0016.