Iniciativas transformam em lei a identidade do povo potiguar
Mais de 80 projetos aprovados em 2025 reconhecem manifestações culturais, religiosas, artísticas e naturais em todas as regiões do Estado
O Rio Grande do Norte tem mais motivos para se orgulhar de sua história e cultura. Em 2025, a Assembleia Legislativa aprovou uma série de leis que transformaram festas, tradições, igrejas, grupos culturais e até paisagens naturais em patrimônios oficiais do Estado. É uma iniciativa que confere a cada canto do RN e ao povo potiguar um selo de proteção e reconhecimento, para que as próximas gerações nunca esqueçam a riqueza da nossa terra.
De Genipabu ao Seridó, de Apodi a Mossoró, de Caicó a Natal, a lista é grande e cheia de diversidade. Foram mais de 80 projetos de lei aprovados com este objetivo. “Mais que leis, são páginas de memória viva, preservadas com carinho, para que ninguém esqueça de onde viemos e para onde vamos”, destaca o presidente Ezequiel Ferreira.
Leis aprovadas pela Assembleia transformam tradições e manifestações culturais em patrimônios do RN; igrejas, santuários e festas religiosas ganharam respaldo legal e valorização institucional. Foto: ALRN
A deputada Divaneide Basílio (PT), por exemplo, sancionou leis que celebram a força da cultura popular: o ofício das catadoras de mangaba, a Orquestra Sinfônica do RN, o Carnaval Tradição de Alexandria e as coloridas Bandeirinhas de Touros. Cada um desses reconhecimentos é uma forma de dizer: essa cultura é nossa, merece respeito e será lembrada para sempre.
A deputada Eudiane Macedo (PV) foi a proponente da lei que reconheceu as quadrilhas juninas como patrimônio cultural do Estado, um passo importante para valorizar a tradição dos festejos de São João que animam comunidades de norte a sul do RN.
A deputada Isolda Dantas (PT) também contribuiu, garantindo o reconhecimento do artesanato em barro das Mulheres da Loiça, na comunidade de Pindoba, além da inclusão de marcos históricos como o Memorial da Resistência de Mossoró e o Santuário do Lima, em Patu, como patrimônios culturais e religiosos do Estado.
Já o deputado Adjuto Dias (MDB) foi o autor de uma série de projetos, entre eles o reconhecimento da Filarmônica Itanildo Medeiros, em Angicos, da Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Macaíba, e da Casa de Cultura Popular de Caicó. Cada proposta é uma forma de valorizar a música, a fé e as tradições das cidades do interior.
O deputado Kleber Rodrigues (PSDB) teve como destaque a transformação em patrimônio da tradicional Festa dos Mártires de Cunhaú, em Canguaretama, e da Banda Marcial Doutor Severiano, de Macaíba, símbolos de devoção e identidade musical.
Lugares que já encantavam potiguares e turistas agora possuem o valor de patrimônio oficial por iniciativa do deputado Luiz Eduardo (SDD). É o caso de ícones da natureza potiguar, como o Morro do Careca, as Dunas de Genipabu, o Parque Ecológico Pico do Cabugi, além da Praia de Tourinhos e da Rota dos Ventos, que passa por São Miguel do Gostoso, Touros e Galinhos.
O presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira, incluiu entre os patrimônios o Projeto Cultural Ribeira Boêmia, em Natal, e as históricas Cercas de Pedra, que simbolizam a resistência do povo do sertão. O deputado Neilton Diógenes (PP) também fez questão de valorizar as tradições do interior, transformando em patrimônio a Festa de São José, em Rodolfo Fernandes; o Carnaval de Apodi e a Festa do Dia do Evangélico.
Outros deputados também deram sua contribuição: Hermano Morais (PV) garantiu o título para festas religiosas como a de São Pedro, em Natal, e de Nossa Senhora da Conceição, em Lagoa Nova. Já Tomba Farias (PL) colocou no rol de patrimônios o Festival de Cultura de Passa e Fica, a Festa do Caju, em Jaçanã, e o Coral de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz.
As artes também foram lembradas. O deputado Francisco do PT garantiu espaço para a Mostra de Cinema de Gostoso, a Paixão de Cristo de Janduís e a Companhia Cultural Ciranduís, que há anos levam cultura para o interior. Vivaldo Costa (PSDB), por sua vez, transformou em patrimônio o Complexo Turístico Ilha de Santana, em Caicó, orgulho do Seridó.
A diversidade de reconhecimentos representa a pluralidade e abrangência do legislativo, oficializando a identidade potiguar em suas mais diversas formas: na fé, na festa, na arte, no trabalho e na paisagem. Ao transformar a cultura em lei, a Assembleia Legislativa não apenas protege o passado, mas investe na identidade e no orgulho das futuras gerações.
