Pernambuco amplia rede pediátrica com novos leitos para enfrentar surto de doenças respiratórias

Pernambuco amplia rede pediátrica com novos leitos para enfrentar surto de doenças respiratórias

Estado já abriu 275 leitos pediátricos em 2025 e mantém situação de emergência em saúde pública devido ao avanço da SRAG entre crianças.

Diante do crescimento acelerado dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco intensificou, no início desta semana, as medidas emergenciais de combate à crise. Entre as novas ações, está a abertura de mais 16 leitos pediátricos, sendo 10 de UTI no Memorial Hospital de Goiana, na Zona da Mata Norte, e outros seis de enfermaria no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste Meridional.

Com essa ampliação, o estado já soma 275 novos leitos destinados ao atendimento pediátrico apenas em 2025. A iniciativa integra o Plano de Sazonalidade da SES, lançado para enfrentar o aumento sazonal das doenças respiratórias, especialmente entre março e agosto.

Segundo o secretário executivo de Gestão Estratégica e Coordenação Geral da SES, Anderson Oliveira, a expansão faz parte de uma estratégia integrada que inclui a abertura de credenciamento para que unidades filantrópicas e privadas ofereçam leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a capacidade de resposta da rede pública.

Desde fevereiro, a SES já havia publicado o Plano de Contingência para Doenças Respiratórias na Infância 2025, que orienta ações de ampliação do atendimento, articulação entre os diversos níveis da rede e padronização de protocolos, com o objetivo de dar respostas mais ágeis e eficazes à crescente demanda.

Como parte do enfrentamento, o Governo de Pernambuco também decretou situação de emergência em saúde pública no último dia 28 de maio. A medida, válida por 90 dias e passível de prorrogação, foi oficializada através do Decreto nº 58.686, publicado no Diário Oficial do Estado. A norma permite a adoção de ações administrativas imediatas para contenção da crise, coordenadas pela SES, que pode editar normas e diretrizes complementares conforme necessário.

Além das ações estruturais, Anderson Oliveira reforçou a importância da prevenção. Ele alertou para que pais e responsáveis mantenham as crianças com sintomas gripais afastadas das escolas e evitem contato com outras crianças, especialmente no caso de menores de dois anos. Também destacou a relevância da vacinação em dia como forma de reduzir a circulação de vírus respiratórios.

Redação

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