Projeto de foguete desenvolvido por alunos de Cuité vence Júri Popular do Samsung Solve for Tomorrow

Projeto de foguete desenvolvido por alunos de Cuité vence Júri Popular do Samsung Solve for Tomorrow

O Apollo SPX é um foguete inovador desenvolvido por cinco alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Cidadã Integral Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido, em Cuité.

O Projeto Apollo SPX, idealizado por estudantes de uma escola pública em Cuité, no Curimataú da Paraíba, se sagrou como o grande vencedor na categoria Júri Popular do programa da Samsung, Solve for Tomorrow Brasil (assista à premiação e aos depoimentos dos estudantes e da professora nos vídeos no final da matéria).

O anúncio do resultado final do Solve for Tomorrow Brasil, que elege os 10 melhores projetos do país, foi feito em uma cerimônia nesta terça-feira (02) no Teatro B32, em São Paulo. O ClickPB compareceu ao evento a convite da Samsung e conseguiu presenciar a emoção dos paraibanos premiados.Play Video

Os outros dois projetos vencedores da categoria Júri Popular foram o Bioconcreto, desenvolvido por alunos de São Paulo do Potengi, no Rio Grande do Norte, e outro de estudantes de Mãe do Rio, no Pará, sobre a produção de painéis ecológicos a partir de compósito residual formado pelas cascas de mandioca e de ovos de galinha.

Conquistando o prêmio através da votação por Júri Popular, alunos e professores integrantes do projeto ganham fones de ouvido sem fio Samsung. Além disso, cada escola ganhará uma TV Samsung.

O Que é o Projeto Apollo SPX?

O Apollo SPX é um foguete inovador desenvolvido por cinco alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Cidadã Integral Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido, em Cuité. Seu objetivo principal é duplo: combater o desmatamento e dar suporte à agricultura em biomas de difícil acesso, como a Caatinga.

Detalhes Técnicos e Funcionalidade

O protótipo combina engenharia e sustentabilidade:

  • Objetivo: Distribuir sementes pelo solo para possibilitar o reflorestamento em áreas inacessíveis.
  • Composição do Foguete: Possui um motor impresso em 3D utilizando resina de fibra de vidro para maior resistência.
  • Mecanismo de Dispersão: O foguete inclui uma coifa com um paraquedas, controlado por Arduino, que abre após o lançamento para dispersar as sementes.
  • O Segredo da Semente: Segundo a professora orientadora, Priscila da Silva Santos, as sementes são envolvidas com argila e água para melhor aderência ao solo quando dispersadas.
  • Economia e Reutilização: O foguete é reutilizável. Após a construção, ele exige apenas a reposição de combustível e das sementes, tornando a iniciativa economicamente viável para o reflorestamento contínuo.

Crescimento e Reconhecimento

O projeto desenvolvido pelos estudantes de Cuité foi elogiado por especialistas por sua abordagem inovadora e seu profundo impacto local. A iniciativa surgiu, de acordo com a professora Priscila da Silva Santos, a partir da paixão deles por foguetes.

Em entrevista ao ClickPB, Priscila detalhou que o projeto foi desenvolvido inicialmente com arcabouço teórico para somente depois possibilitar a execução do protótipo.

Solve for Tomorrow Brasil

A Samsung, através do projeto Solve for Tomorrow Brasil, premiou as iniciativas de estudantes que mais se destacaram em 2025. Ao todo, foram mais de 3 mil inscrições, que resultaram em uma seleção com os dez projetos mais interessantes para o prêmio.

Como acompanhou o ClickPB, o projeto vencedor do Solve for Tomorrow Brasil foi desenvolvido por alunos de São Luís, no Maranhão, e batizado como BabaçuTech. Os estudantes construíram um forno que utiliza tecnologia de captação de energia solar para secagem do mesocarpo do coco babaçu.

Em segundo lugar ficou o projeto de Itumbiara, em Goiás, sobre o efeito de extratos vegetais em Aedes Aegypti visando o uso em estações disseminadoras de larvicidas. Como terceiro lugar foi premiado o projeto Ecoluz Trap, de Marabá, no Pará, que condiz em uma tecnologia de baixo custo contra vetores na Amazônia.

A Menção Honrosa do prêmio foi para o projeto ArapainaAtivo, de Manacapuru, no Amazonas, que desenvolveu um biofiltro de água com a produção de carvão ativado da ossada do pirarucu com tecnologia sustentável.

Redação

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