Relatório preliminar de intervenção para conter avanço do mar em João Pessoa deve ser apresentado este mês, afirma secretário do meio ambiente

Relatório preliminar de intervenção para conter avanço do mar em João Pessoa deve ser apresentado este mês, afirma secretário do meio ambiente

De acordo com o secretário, relatório deve apontar a melhor solução para conter o avanço do mar nas praias do Seixas e Bessa.

O relatório preliminar de intervenção para conter o avanço do mar em João Pessoa deve ser apresentado ainda este mês, como afirmou o secretário municipal do meio ambiente, Welison Silveira.

Conforme observou o ClickPB, a informação foi veiculada em entrevista concedida ao Programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM nesta quinta-feira (6).

De acordo com o responsável pela Secretaria do Meio Ambiente da Capital (Semam-JP), o prazo de divulgação do relatório, dado pelos pesquisadores do painel científico do Ministério Público Federal (MPF), foi de dois meses a partir de janeiro. Segundo ele, o relatório deve apontar a melhor solução para conter o avanço do mar nas praias do Seixas e Bessa.

“Está em pauta a solução para João Pessoa no trecho que fica ali no Bessa, próximo ali ao Caribessa e no trecho da praia do Sextas, que João Pessoa já tem projeto e recurso garantido para a implantação dessas obras, a recuperação da Praça do Sol Nascente e a recuperação e requalificação da implantação da contenção costeira, além daquele trecho que fica entre o Maceió do Bessa e o contorno da Avenida Afonso Pena. Então esse assunto está sendo tratado no ambiente de estudos e pesquisas do painel científico do Ministério Público Federal para que a gente possa submeter quais as soluções que seriam mais eficazes e menos impactantes do ponto de vista do meio ambiente. O prazo que foi dado para esses dois trechos de João Pessoa foi dois meses de janeiro. Então agora, março, acreditamos que o painel científico apresente o relatório preliminar da intervenção que a prefeitura está propondo fazer”, explicou o secretário.

Segundo Welison Silveira, cidades como Baía da Traição e Conde se interessaram pelo projeto de contenção do mar em suas orlas.

Devido ao interesse, o Ministério Público Federal (MPF) assinou o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) de Adesão Costeira com todos os municípios do litoral, que convocou pesquisadores ambientais para indicar a melhor solução para cada local. Em janeiro, o projeto de intervenção da Baía da Traição já havia sido apresentado.

“Além de João Pessoa, outros locais como Baía da Traição, Conde passaram também a se interessar na matéria. O Ministério Público Federal, por medida de cautela, chamou os municípios, assinou um TAC com todos esses municípios do litoral, chamado TAC de Adesão Costeira. Submeteu a um grupo de pesquisadores formados por professores do IFPB, da UFPB, e dentre outros pesquisadores e membros da prefeitura, para chegar a estudos ambientais com propostas de solução de que tipo de infraestrutura seria mais adequada. Há um mês foi apresentada a proposta da Baía da Traição, uma solução emergencial”, destacou Welison Silveira.

Projetos

Por fim, o secretário da Semam-JP detalhou os projetos que devem ser realizados nas praias do Seixas e Bessa, caso o relatório aponte que a intervenção proposta pela prefeitura é adequada.

Praia do Seixas

“Na Praia dos Seixas tem uma praça que se chama Praça do Sol Nascente, que está tomada por barracas. Esse projeto, ele visa tirar essas barracas, realocá-las, dentro de uma infraestrutura que vai conter aí aproximadamente 12 ou 18 estruturas de bares e restaurantes e artesãos. Não vai dar para contemplar todas as barracas, porque lá tem mais de 28 barracas, construídas dentro da areia da praia com sistema de saneamento precário jogando esgoto a céu aberto e a gente vai tirar essas pessoas, requalificar a área de meio ambiente ali da praia e logicamente fazer uma contenção costeira porque o mar já está batendo ali na costa. Estilo mirante, cabo branco, será feito uma contenção. Estaca prancha é uma proposta que ela é pouco invasiva, o método construtivo ele chega a 50 anos de durabilidade. E quanto mais tempo o mar bate, ele vai formando uma crosta de proteção, de combate, que é o próprio ferrugem.”

Praia do Bessa

“No Bessa, a proposta é bem parecida ao mirante também, em que você faz a proteção e na área excedente você faz uma calçadinha, um ciclovia, um passeio público, que hoje o mar já está batendo, entrando e comprometendo a infraestrutura das próprias residências. Então, é também uma solução que precisa ser emergencial porque o mar já está tomando conta dessa faixa de praia em que a erosão costeira, somada também a um planejamento urbano, que não é dessa gestão, isso é de décadas e décadas atrás. A urbanização do Jardim Oceania é de 1970. Ali naquele trecho, você tem um lote à beira mar, ele é de 1950, então na época o loteador, o planejamento urbano não tinha tanto acesso a informação e aí infelizmente hoje não tem como derrubar as casas, que já estão lá consolidadas”, finalizou Welison.

Redação

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